O coordenador científico do Inventário do Património Imaterial da Região Duriense, Alexandre Parafita, admite ter encontrado dois importantes monumentos magalíticos no concelho de Tabuaço, quando tentava contextualizar territorialmente duas lendas que o integram.
Alexandre Parafita contou ter-se deslocado às montanhas do Fradinho, em Tabuaço, para fotografar o "Penedo Rachado" referido numa lenda e ver o lugar onde, segundo outra lenda, os Maias, um povo muito religioso que se banhava nas águas do leito do Rio Távora, junto à Ponte do Fumo, foram chacinados e extinguidos pelos Mouros.
Nesta procura, o escritor e investigador encontrou património material: dois monumentos megalíticos situados numa zona escarpada e inacessível.
Segundo Alexandre Parafita, "os monumentos são contíguos entre si e ambos compostos por câmaras poligonais cobertas por gigantescas tampas monolíticas, assemelhando-se a antas ou dólmens".
O investigador considera ainda "poder tratar-se de testemunhos pré-históricos de valor incalculável, que poderão ajudar a aprofundar o estudo da civilização e presença humana, no território do Douro Sul, desde o período neolítico".
Por isso, comunicou a 12 de Novembro a descoberta ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), anexando fotografias e um mapa rudimentar, com o objectivo de que venham a "ser tomadas as medidas de estudo e salvaguarda que se justificarem".
A chefe da Divisão de Arqueologia Preventiva e de Acompanhamento do IGESPAR, Jacinta Bugalhão, confirmou à Lusa ter recebido a comunicação do investigador, que diz ter sido encaminhada para a extensão da Beira Interior, lamentando, no entanto, não haver ainda uma resposta sobre os dois monumentos.
Segundo a responsável, "numa situação normal esta comunicação já teria tido resposta, mas a extensão, em vez de dois arqueólogos, tem um e mesmo esse está parado porque não viu a avença renovada".
O IGESPAR dispensou sexta-feira 37 avençados, a maioria arqueólogos, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
O concelho de Tabuaço foi o primeiro a ser alvo do Inventário do Património Imaterial da Região Duriense.
Alexandre Parafita escreve no primeiro volume da obra "Património Imaterial do Douro: narrações orais (contos, lendas, mitos)", lançada em Dezembro, que "o estreito convívio do homem com as figuras megalíticas ou pré-históricas que a natureza e as etnias primitivas esculpiram induziu as comunidades à criação de interpretações míticas de grande valor antropológico".
O investigador em causa é especializado em património imaterial. Desenvolvendo há vários anos investigações relacionadas com lendas e mitos nacionais e, actualmente, integra a equipa de investigação responsável pelo "Arquivo e Catálogo do Corpus Lendário Português", no âmbito da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Alexandre Parafita contou ter-se deslocado às montanhas do Fradinho, em Tabuaço, para fotografar o "Penedo Rachado" referido numa lenda e ver o lugar onde, segundo outra lenda, os Maias, um povo muito religioso que se banhava nas águas do leito do Rio Távora, junto à Ponte do Fumo, foram chacinados e extinguidos pelos Mouros.
Nesta procura, o escritor e investigador encontrou património material: dois monumentos megalíticos situados numa zona escarpada e inacessível.
Segundo Alexandre Parafita, "os monumentos são contíguos entre si e ambos compostos por câmaras poligonais cobertas por gigantescas tampas monolíticas, assemelhando-se a antas ou dólmens".
O investigador considera ainda "poder tratar-se de testemunhos pré-históricos de valor incalculável, que poderão ajudar a aprofundar o estudo da civilização e presença humana, no território do Douro Sul, desde o período neolítico".
Por isso, comunicou a 12 de Novembro a descoberta ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR), anexando fotografias e um mapa rudimentar, com o objectivo de que venham a "ser tomadas as medidas de estudo e salvaguarda que se justificarem".
A chefe da Divisão de Arqueologia Preventiva e de Acompanhamento do IGESPAR, Jacinta Bugalhão, confirmou à Lusa ter recebido a comunicação do investigador, que diz ter sido encaminhada para a extensão da Beira Interior, lamentando, no entanto, não haver ainda uma resposta sobre os dois monumentos.
Segundo a responsável, "numa situação normal esta comunicação já teria tido resposta, mas a extensão, em vez de dois arqueólogos, tem um e mesmo esse está parado porque não viu a avença renovada".
O IGESPAR dispensou sexta-feira 37 avençados, a maioria arqueólogos, no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
O concelho de Tabuaço foi o primeiro a ser alvo do Inventário do Património Imaterial da Região Duriense.
Alexandre Parafita escreve no primeiro volume da obra "Património Imaterial do Douro: narrações orais (contos, lendas, mitos)", lançada em Dezembro, que "o estreito convívio do homem com as figuras megalíticas ou pré-históricas que a natureza e as etnias primitivas esculpiram induziu as comunidades à criação de interpretações míticas de grande valor antropológico".
O investigador em causa é especializado em património imaterial. Desenvolvendo há vários anos investigações relacionadas com lendas e mitos nacionais e, actualmente, integra a equipa de investigação responsável pelo "Arquivo e Catálogo do Corpus Lendário Português", no âmbito da Fundação para a Ciência e Tecnologia.